🌍 Panorama Global de Domingo – Fique por Dentro

Um resumo completo da semana para quem acompanha economia e investimentos:

PANORAMA

Léo

4/13/20253 min read

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Macroeconomia, Tensões Políticas e Impactos no Brasil

O retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos desencadeou uma nova onda de protecionismo econômico. Em abril, os EUA impuseram tarifas de 10% sobre a maioria das importações, com taxas específicas de 25% para aço, alumínio e veículos estrangeiros. Produtos chineses enfrentaram tarifas de até 145%, provocando uma queda significativa nas bolsas globais e aumentando os temores de uma recessão mundial.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para baixo suas projeções de crescimento global, enquanto economistas como Paul Krugman alertam para uma possível recessão nos EUA, com impactos negativos também para Europa e China.

1. Tensões comerciais e geopolíticas

A guerra comercial entre EUA e China se intensificou. A China elevou suas tarifas sobre produtos americanos de 84% para 125%, alimentando preocupações sobre os impactos globais dessa escalada tarifária, especialmente em países emergentes.

A União Europeia também enfrenta dilemas estratégicos ao lidar com as práticas comerciais agressivas dos Estados Unidos e o autoritarismo econômico da China. A busca por novas alianças e acordos comerciais se intensificou, com o objetivo de proteger seus interesses e equilibrar sua influência no cenário global.

2. Principais destaques internacionais

Estados Unidos e China
A rivalidade entre as duas maiores potências do mundo atinge novos patamares. A guerra comercial se transformou em um elemento-chave de instabilidade global, impactando mercados, cadeias produtivas e expectativas de crescimento.

Europa
As políticas fiscais e cambiais dos EUA sob Trump geraram fortes impactos na Europa. Países como a Espanha, que possuem exposição direta à economia americana, têm sentido os efeitos da desvalorização do dólar e da retração nos investimentos transatlânticos.

3. Brasil: política e economia sob pressão

No Brasil, mesmo com tarifas mais moderadas aplicadas pelos EUA, especialistas apontam riscos reais para a economia. A continuidade da guerra comercial global pode afetar exportações, encarecer produtos e pressionar ainda mais o câmbio.

No campo político, o país enfrenta incertezas internas que fragilizam a credibilidade internacional. O debate sobre reformas estruturais e políticas públicas segue travado, e a ausência de consenso entre os principais atores políticos amplia a percepção de risco.

4. Cotações de mercado – 13 de abril de 2025

Dólar
O dólar comercial está cotado a R$ 5,87 na venda, com leve queda de 0,55% em relação ao dia anterior. A variação reflete a alta volatilidade nos mercados, diretamente influenciada pelas medidas protecionistas adotadas pelos EUA.

Bitcoin
O Bitcoin (BTC) é negociado a aproximadamente US$ 84.758, com queda de 0,43% nas últimas 24 horas. O ativo segue volátil, refletindo as incertezas do cenário macroeconômico global.

5. Instabilidade política interna

O Brasil vive um momento de fragilidade institucional. Divergências entre ministros e falta de alinhamento político vêm minando a confiança de investidores e da comunidade internacional.

Declarações recentes do ex-presidente Michel Temer apontam para uma crescente instabilidade no núcleo do governo, o que agrava a desconfiança em relação à condução da economia.

Ao mesmo tempo, pesquisas apontam queda na popularidade do presidente Lula. O aumento da avaliação negativa se deve a fatores como alta do dólar, encarecimento dos alimentos, pressões fiscais e escândalos que envolvem nomes próximos ao governo.

Esse ambiente político conturbado traz implicações diretas para a economia: retração de investimentos, fuga de capitais e maior dificuldade na aprovação de reformas importantes.

Conclusão

O mundo vive um momento de forte incerteza econômica e geopolítica. Com os EUA adotando uma política comercial agressiva, a China retaliando e a Europa buscando equilíbrio, o cenário é de tensão generalizada.

Para o Brasil, os desafios são duplos: lidar com os reflexos externos e, ao mesmo tempo, administrar suas próprias crises internas. Nesse contexto, a capacidade de reação, estabilidade política e visão estratégica serão decisivas para definir o rumo da economia nacional nos próximos meses.